quarta-feira, 7 de junho de 2017

Dois poemas de J. Alberto Allen Vidal

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Eu

A complexidade do meu Eu
As convulsões do meu pensamento
O latejar do meu sangue
A precipitação de querer ser algo
A certeza que não diz nada

                       – tudo me confunde
                       – tudo me desorienta
                       – tudo me revolta

Vivo de um sonho
de uma miragem
de um esperar contínuo
de qualquer coisa diferente
que não chega nem chegará

Entretanto essa coisa que não chega
Continua a ser a razão da minha vida
E por ela lutarei enquanto tiver forças
pois creio no Absurdo.

1971
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Tu

Não sei quem és
Nem como te chamas
És uma forma obscura
que na noite escura
me chamas.

1971
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J. Alberto Allen Vidal
em 'Flores Paz e Cinzas'
edição de autor 1984

e em breve 
numa re-edição nas Edições Cassiber
numa primeira tiragem de dois exemplares (um para o autor e outro para o paginador)

e a seguir
uma eventual edição de exemplares a pedido e vendidos pelo autor 

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